culturas de massa
Cultura de massa
Com a tipografia, o custoso trabalho de reprodução de um manuscrito, que dependia de uma copista e da difração dos signos, foi substituído por um processo rápido, eficiente e mecânico. As repercussões dessa invenção podem ser avaliadas pela rapidez com que as impressões gráficas se disseminaram pela Europa, apesar da resistência dos escribas, dos lideres religiosos e dos governantes. Pode-se dizer que com a invenção da prensa foram lançadas as bases do que viria a ser a indústria cultural. Os almanaques, que traziam assuntos diversos e seções dedicadas a jogos, horóscopos, piadas, conselhos úteis. Receitas, anúncios de medicamentos, também se dirigiam a esse público. No Brasil, o fenômeno dos almanaques chegou tardiamente, no século XIX. O desenvolvimento da indústria garantia ao proletariado a aquisição do mínimo necessário para comprar jornais, os folhetins, histórias ficcionais publicadas em capítulos nos jornais, também contribuíram para criar o habito da leitura. No final do século XIX, a indústria cultural já se caracterizava pela produção seriada de bens simbólicos e imateriais que visava, com fins lucrativos, a um público amplo e indistinto, pejorativamente chamado de ‘massa’. Com o desenvolvimento da industria, a decadência do artesanato e o êxodo rural, provocado pela mecanização do trabalho no campo, uma população de origem étnica, religiosa e regional diversificada, constituída de operários e muitos desempregados, estabeleceu-se nas áreas periféricas dos centros urbanos. Assim que surgiu, na sociologia e nas ciências sociais em geral, o conceito de massa, que designava um conjunto indiferenciado de pessoas cujo comportamento era turbulento e imprevisível, ou turba, que era como se chamava os povos nômades do deserto, considerados selvagens por muitos. Por outro lado, o desenvolvimento da indústria cultural e de entendimento voltava-se para essa população ávida por informação, inserção social e diversão. Foi dessa forma