Culturas brasileiras
O fator marcante nas instalações do museu é a matriz afro-atlântica na identidade da cultura nacional. Tudo o que o africano escravizado conseguiu transportar consigo através do Atlântico, foi sua filosofia, consubstanciada em religião: todos os demais laços socioculturais que lhe pertenciam, foram deixados em sua terra-mãe, assim como sua família, seu “modus vivendi”, e qualquer outro referencial que pudesse ter.
Como conseqüência, perdeu não só a liberdade, mas toda a sua referência e cidadania; não bastasse, desembarcando involuntariamente em nova terra, mudaram-lhe compulsoriamente o nome, passando a atender por outro, agora cristão; mas, como subproduto involuntário, os navios negreiros trouxeram poderosos clandestinos invisíveis: os orixás, que permitiram, aos escravos, manter sua filosofia de vida, viva em sua religiosidade.
É possível crer que a religião de matriz africana, que resolveu ser chamada de candomblé, constitua-se na base de toda cultura transplantada, pelos traficantes negreiros, para fora da África.
Em relação à cultura indígena no Brasil, podemos afirmar que cada nação indígena possuía crenças e rituais religiosos diferenciados. Porém, todas as tribos acreditavam nas forças da natureza e nos espíritos dos antepassados. Para estes deuses e espíritos, faziam rituais, cerimônias e festas. O pajé era o responsável por transmitir estes conhecimentos aos habitantes da