Cultura
No primeiro capítulo, "A Cultura", a autora exemplifica a diferença entre os animais e o homem (que apesar de ser um animal, conseguiu desenvolver-se para que criasse uma consciência existencial maior que os outros). O primeiro ponto citado foi o instinto, que apesar de homem ainda ser regido por ele, diferente do animal, o mesmo ainda consegue analisar a situação na qual foi fruto da reação instintiva e ponderará se realmente o seu ato vai ser necessário para aquela situação. Como um som alto de explosão, que para nós pode ser apenas alguns fogos de artifícios, já para os animais representa um perigo e eles fogem no ato. A linguagem é um grande fator nessa diferença. Pois mesmo que os animais tenham formas de comunicar entre si, esse tipo de comunicação não é ensinado ao logo de sua existência, é base de seu “código instintivo”, diferente da comunicação, que também possibilitou o surgimento da sociedade humana, e das ciências, cultura e tudo o que se conhece hoje como o “homem”. Então entende-se que só existe a cultura humana por que nós conseguimos nos desenvolver mais do que os outros animais, seja intelectualmente, ou emocionalmente.
O capítulo sobre Natureza e Cultura, do livro Filosofando de Maria Lúcia Aranha, aborda através de uma linguagem simples e de forma progressiva a diferenciação que nós, seres humanos, temos dos demais animais através da nossa linguagem simbólica e ação criativa e intencional, que nos permite modificar e ampliar o mundo natural transformando-o em cultura, e da capacidade que temos de fazer história. Mas, o que é cultura?
O texto inicia-se levantando uma inquietação sobre a necessidade de viver em sociedade para ter acesso ao processo de humanização. Para isso, foram dados os exemplos das meninas lobo e o da menina nascida cega e surda, cujos casos tem em comum a falta de acesso fácil aos nossos costumes e aprendizados.
Em seguida, é