Cultura
A abordagem funcionalista era atribuído a escola como um papel central do processo de atraso econômico, para a construção de uma sociedade mais justa, moderna a partir de conhecimentos científicos, democrática com uma visão de autonomia individual, o qual imaginava-se que a escola pública e gratuita resolveria o problema de desigualdade, pois todos poderiam ter acesso ä educação e isso seria garantido pelo Estado, mesmo as competições seriam de forma justa , sendo que teriam condições iguais e os que se destacassem teriam méritos devido seus dons particulares e de forma justa alcançariam suas carreiras escolares, sendo a escola uma instituição neutra, selecionando alunos de forma racional. Porém nos anos 60, tal visão otimista passa por uma crise, primeiramente no final dos anos 50, devido a observação dos governos ingleses, franceses e norte americanos, com relatórios sobre o peso da origem social sobre os destinos escolares, observando então que o desempenho escolar não dependia de dons individuais , mas da origem social dos alunos, como classe, moradia, sexo, etnia, entre outros. Depois outra questão foi a massificação do ensino, onde a educação era vista de caráter elitista e com baixo retorno social e econômico, sendo que houve desvalorização dos títulos escolares, frustrando estudantes que buscavam mobilização social através da escola, para Bourdieu se refere nesse período como geração enganada pelo sistema educacional. O pensamento de Bourdieu nesse sentido é adotado como construtivista estruturalista, onde admite que existe no mundo social estruturas objetivas que podem dirigir, ou melhor, coagir a ação e a representação dos indivíduos, dos chamados agentes. No entanto, tais estruturas são construídas socialmente assim como os esquemas de ação e pensamento, chamados de habitus, fugindo da dicotomia subjetivismo e objetivismo dentro das ciências humanas. Sendo que os momentos