Cultura
A chegada do negro ao Brasil
A escravidão africana no Brasil teve início na primeira metade do século XVI quando, por volta de 1550, D. João III concedeu autorização para que cada colono importasse certo número de africanos para as suas propriedades. O objetivo era encontrar uma alternativa à escravidão indígena, que apresentava diversas dificuldades.
Os portugueses começaram então a trazer os negros africanos de suas colônias para utilizar como mão-de-obra na produção de açúcar, tarefas domésticas e, mais tarde, na produção cafeeira e nas minas de ouro. O transporte era feito nos porões dos navios negreiros, em péssimas condições. Muitos morriam antes mesmo de chegar ao Brasil. E aqueles que sobreviviam não tinham melhor destino: trabalhavam em condições desumanas, eram punidos fisicamente, recebiam uma alimentação precária e viviam em senzalas com pouca higiene.
Além disso, os africanos foram proibidos de expressar sua cultura, sendo obrigados a seguir a religião católica e adotar a língua portuguesa. Mas essa proibição não fez com que a cultura africana deixasse de existir no Brasil: escondidos, os escravos realizavam suas festas, danças, rituais e cultos religiosos.
A escravidão só foi completamente abolida no Brasil em 1888, com a Lei Áurea, o que nos torna um dos últimos países escravagistas. A contribuição e influência da cultura africana é muito rica e extensa, podendo ser observada desde o biótipo brasileiro até a música, culinária, arte, etc.
Imagens: quadros da escravidão
Miscigenação
A formação étnica da sociedade brasileira tem em sua base os povos indígenas nativos, os colonizadores portugueses e os escravos negros africanos. Posteriormente, europeus de diversos países, árabes e japoneses deixaram sua marca étnica, vindos de uma onda migratória mais recente. Todos esses povos foram responsáveis por constituir a “cara” do Brasil, que é muito conhecido pela mistura de raças.
Atualmente, O