cultura
PRIMEIRA PARTE: DA NATUREZA DA CULTURA OU DA NATUREZA À CULTURA
Vamos abordar o dilema muito discutido: A conciliação da unidade biológica e a grande diversidade cultural da espécie humana.
Apesar de Confúcio, em quatro séculos antes de Cristo, ter declarado que a natureza humana é igual, e que os hábitos é que nos separam, o dilema persistiu, sendo por diversas vezes o tema central de discussões.
Heródoto (484-424 a.C) , historiador grego, preocupou-se com o tema ao descrever a sociedade dos lícios, a qual considerava diferente de todo restante do mundo. (que tomavam o nome da mãe, e não o do pai em sua linhagem, e que neste caso se uma mulher livre desposa um escravo, os filhos, são tidos como livres, porem se um homem livre desposa uma escrava, embora ele seja a primeira pessoa no estado, os filhos não terão direito nenhum dentro da sociedade). Heródoto ao considerar os licios diferentes de todos, tomou como referencia sua cultura, patrilineal (Quando o parentesco é considerado somente pelo lado paterno) e agiu de maneira etnocêntrica( Que considera a sua cultura melhor do que as outras culturas), embora ele afirme que tenha renegado esta postura quando afirmou que se fosse oferecido aos homens escolherem dentre todos os costumes mundiais aquele que fosse o melhor, eles examinariam todos e prefeririam os seus próprios costumes, tão convencidos estão de que são melhores que os outros.
Tácito (55-120), cidadão romano, teve a mesma surpresa de Heródoto, quando escreveu admirado sobre as tribos germânicas, as quais ele considerou o casamento como severo, simples, não era movido pela paixão sexual, pois os homens desposavam uma única mulher, e o marido é que dava dote à mulher, e não o contrário. As exceções eram mínimas e raras (alguns homens de posto elevado que recebiam mais propostas de casamento)
Marco Pólo, legendário italiano, que visitou a China e outras partes da Ásia, entre 1271 a 1296, descreveu os