Cultura
No cotidiano a cultura tem três grupos de papeis no comportamento humano sendo designados: cultura – valor, cultura – alma, cultura – mercadoria.
Cultura - valor: é o sentido mais antigo e aparece claramente na idéia de cultivar o espírito. É o que permite estabelecer a diferença entre quem tem cultura e quem não tem ou determinar se o individuo pertence a um meio culto ou inculto, definindo como um julgamento de valor sobre essa situação. Nesse grupo inclui-se o uso do termo para identificar, por exemplo, quem tem ou não tem cultura clássica ou artística ou cientifica.
Cultura – alma: é sinônimo de civilização. Ele expressa a idéia de que todas as pessoas, tem cultura e identidade cultural. Nessa acepção, pode – se falar da cultura negra,chinesa,cultura marginal e etc. Tal expressão presta-se assim aos mais diversos usos por aqueles que querem dar um sentido para a ação dos grupos aos quais pertencem com a intenção de caracterizá-los ou identificá-los.
Cultura – mercadoria: corresponde a cultura de massa. Ele não comporta julgamento de valor, como o primeiro significado, nem delimitação de um território especifico, como o segundo. Nessa concepção, cultura compreende bens ou equipamentos – como os centros culturais, os cinemas, as bibliotecas, as pessoas que trabalham nesses estabelecimentos, e os conteúdos teóricos e ideológicos de produtos (como filmes, discos e livros) estão a disposição de quem quer e pode comprá-los, ou seja, que estão disponíveis no mercado.
As três concepções de cultura estão presentes em nosso dia a dia, marcando sempre uma diferença bastante clara entra as pessoas – seja no sentido mais elitista (entre as que tem e as que não tem uma cultura clássica ou erudita, por exemplo), seja no sentido de identificação com algum grupo especifico, seja ainda em relação a possibilidade de consumir bens culturais. Todas essas concepções trazem uma carga valorativa, dividindo indivíduos,