Cultura
Rádio:
O desenvolvimento tecnológico de transmissão e recepção radiofônica, durante a década de 30, coincidiu com a ideia de publicidade comercial, que incrementou as programações e a profissionalização do meio. Os grandes líderes da época passaram a utilizar espaços no rádio para expor suas ideias. Os nazistas estatizaram o setor, em 1933, e não se pode imaginar a figura de Hitler sem o seu hipnótico vociferar diante dos microfones. Stálin e Roosevelt também usaram o rádio com enorme talento para animar seus povos. Getúlio Vargas não apenas sabia falar com a população, mas tratou de instrumentalizar o novo meio dentro de seus objetivos políticos. Em 1938, surgiria o mais famoso serviço radiofônico do planeta, a BBC (British Broadcasting Corporation), cujo papel na resistência à selvageria nazista foi inigualável.
No Brasil, houve uma identificação com as exigências, nem sempre apurada, dos ouvintes nas programações via rádio. O objetivo das emissoras tornou-se mercantil, o custo dos anúncios estava relacionado com a audiência, fazia-se necessário agradar os consumidores. Até mesmo uma rádio estatizada, como a poderosa Nacional, do Rio de Janeiro, não se furtava a disputar o mercado, valendo-se do mais intenso populismo.
A década de 30 marcada pelo apogeu do rádio como veículo de comunicação de massa, refletindo as mudanças pelas quais o país passava. O crescimento da economia nacional atraía investimentos estrangeiros, que encontravam no Brasil um mercado promissor. As indústrias elétricas, aliadas à indústria fonográfica, proporcionaram um grande impulso à expansão radiofônica.
No Brasil, as primeiras emissoras preocuparam-se em ampliar o alcance e melhorar a qualidade de som e, em seguida, cativar o público. Os programas de variedades obtiveram repercussão imediata e neles a música popular ocupava papel preponderante. (Devemos lembrar que pouquíssimas famílias possuíam gramofones ou as “modernas” vitrolas.) Por isso, as