Cultura
No livro Cultura: um conceito antropológico, Roque de Barros Laraia abrange algumas das teses antropológicas que visavam responder determinadas questões relacionadas à cultura.
Inicialmente, os estudos apontavam as características genéticas como grandes influenciadoras da personalidade humana. E, mostrando-se logo no começo da obra, como um “determinista cultural”, o autor fala que independente dos genes, o que prevalece é a cultura. Os fatores que tiveram um papel preponderante na evolução do homem são a sua faculdade de aprender e a sua plasticidade.” Ele diz que até a divisão do trabalho por sexo é um aspecto meramente cultural.
No decorrer da obra, Roque cita o Determinismo Geográfico, o qual afirmava que as diferenças no ambiente físico afetavam a diversidade cultural. Entretanto, em seguida o escritor comenta que na década de 20, há uma quebra desse conceito. “E possível e comum existir uma grande diversidade cultural localizada em um mesmo tipo de ambiente físico.”
A cultura é seletiva, explora “determinadas possibilidades e limites ao desenvolvimento, para o qual as forças decisivas estão na própria cultura e na história da cultura”. Laraia ratifica, baseado nos estudos antropológicos modernos, que “as diferenças existentes entre os homens não podem ser explicadas em termos das limitações que lhes são imposta pelo seu aparato biológico ou pelo seu meio ambiente”.
Edward Tylor criou o termo culture, advindo da junção da palavra alemã Kultur, que estava relacionado aos aspectos espirituais, e do vocábulo francês civilization, que seriam os feitos materiais. Dessa forma, cultura era toda a possibilidade de realização humana.
O autor destacou estudos realizados antes do surgimento do termo culture. Foi o caso de Locke. Em 1690, escreveu Ensaio acerca do desenvolvimento e demonstrou que a mente do homem seria uma “caixa vazia”, com a possibilidade de adquirir conhecimento. Era através dessa aquisição, que ia