Cultura Tupinamb
Quando os europeus chegaram ao litoral brasileiro, os tupi-guarani estavam estabelecidos ao longo da maior parte da costa. É possível que este grupo indígena tenha provindo dos Andes ou do planalto do médio Paraguai e Paraná e tenham invadido a costa brasileira.
Em um século os Tupi foram expulsos do litoral pela violência, pela fome e pelas doenças. Eram inúmeros os movimentos migratórios forçados e/ou voluntários para o interior – os Tupi fugiam das epidemias, da escravidão, buscavam novos territórios. Dentre os índios tupi-guarani, os mais conhecidos são os Tupinambá.
Texto e Contexto
“Os valentes Tupinambá, gente que das conquistas do Brasil, em terras de Pernambuco, saíram derrotados há muitos anos, fugindo do rigor com que os portugueses os iam subjugando”. (ACUÑA, Pe. Cristóbal de. O “Nuevo descobrimento Del gran rio de lãs Amazonas”, 1641. In: PAPAVERO, Nelson et. al. O Novo Éden... Belém: Museu Paraense Emilio Goeldi, 2002. 2ª ed. p. 196).
No início do século XVII, os europeus encontraram os Tupinambá no Maranhão, no Pará e na ilha de Tupinambarana, no médio Amazonas. Todos são unânimes em afirmar tratar-se de índios da costa brasileira que emigraram para essas regiões, fugindo do processo colonizador português.
Os Tupinambá organizavam-se em aldeias, compostas por um número variável de malocas – em geral, de quatro a oito – em torno de um pátio central, possuíam, segundo os relatos da época, uma população de quinhentos até 2 ou 3 mil índios.
Cada maloca dentro de uma aldeia tinha um chefe ou “principal”, que era alguém que conseguia reunir em torno de si uma grande parentela. Todo chefe, além de sogro, era um grande matador, e líder de um grupo de guerreiros.
Guerra e Vingança
Os Tupinambá eram extremamente belicosos, isto é, guerreiros. As guerras entre os Tupinambá tinham o objetivo decapturar prisioneiros para a execução e a antropofagia ritual. Os mortos e feridos durante o combate eram devorados no campo de