Cultura Surda e Cidadania Brasileira
Antes de resenhar sobre o texto, se faz necessário um breve prefácio do volume I, do livro objeto de nosso estudo; Ensino de Língua Portuguesa para Surdos, de 2004, faz parte do Programa Nacional de Apoio á Educação dos Surdos, que tem como objetivo apoiar e incentivar a qualificação profissional de professores que com eles atuam.
É uma tentativa de reunir informações colhidas em diversas fontes e revelar aos seus leitores, as trocas de experiências, discussões, leituras, experimentos e o papel social na promoção da cultura surda.
O texto começa abordando as diferenças humanas, a maneira que estamos condicionados a julgar aquilo que se faz diferente, oculto ou contrario a nossa realidade. De forma geral, a sociedade é indiferente as necessidades e modo de vida de grupos menores nela inserida, ainda assim, membros ativos e legítimos. Por esse motivo, a esmagadora maioria, deixa de descobrir uma infinitude de outras coisas de que nunca suspeitaria ou imaginaria conhecer, como a cultura surda.
Os autores desse trabalho classificam como ouvintes, aqueles que acreditam que os surdos são resultado da perda de uma habilidade comum e por isso são piores que os demais. Pura ignorância pois, existem várias atividades do cotidiano de todos ,onde os surdos, através de suas habilidades, comunicação, metodologia, organização e por ai vai, se sobressaem a maioria ouvinte!
Hábitos e costumes são características de uma determinada cultura, praticados por indivíduos desse meio. Os surdos entre outros, são multiculturais por que além de compartilharem de hábitos e costumes comuns, criam e inovam aspectos próprios. Dessa maneira, a identidade, a essência, da cultura surda se manifesta, genuína e exclusivamente. O relacionamento desses indivíduos, principalmente com seus semelhantes, a convivência entre eles, edifica e propaga o crescimento dessa cultura.
As tecnologias e padronizações dessa comunidade nos dias de hoje,