Cultura linguagem e comunicação
A sua “ vida recomeçada” vai ser dirigida e organizada por essas mulheres e por um tio materno, um padre que decidiu, que o seu destino seria o seminário e a carreira eclesiástica. Apos a morte desse tio, as tias empenharam-se em cumprir a decisão eclesiástica. Após a morte desse tio, as tias empenharam-se em cumprir a decisão de defunto e “sufocaram-no de religião”.
A saída do seminário é encarada como um ato de heroísmo, pois pela primeira vez, o autor tomou uma decisão sobre o rumo da sua vida. Até ai tinha vivido condicionado pela vontade dos outros, agora, emancipou-se, deu uma prova de maturidade, ao romper com o destino que lhe tinham traçado.
A vida em Coimbra não parece ter sido vivida intensa e festivamente por Vergílio Ferreira, já que alude aos setes anos que ai passou como “sombrios, longos, penosos”. A maioria das recordações que guarda da sua passagem por Coimbra tem uma conotação triste ou de inutilidade. A descoberta da literatura parece constituir a única experiencia gratificante num mundo (o estudantil) de que se sentia à margem.
Coimbra é evocada através do timbre de guitarra e Évora através do coral dos camponeses
Os espaços determinantes na vida do autor são a serra onde nasceu e viveu em criança e Évora, cidade onde viveu e foi professor.
O autor não consegue sentir Lisboa como o “seu” espaço, porque não se identifica com a grande cidade, devido a alguns aspectos que refere como sendo de “terrorismo” : o transito, o das relações pessoais, o da distancia que impede as relações de proximidade, substituindo-as por relações ao telefone ou epistolares, o mundo de invejas