Cultura digital na pos modernidade
Karla Azeredo Ribeiro Marinho1, Carla Cardoso Silva1; João Cândido Ventura Neto1; (1) Autores: Alunos do Programa de Pós Graduação em Comunicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Mestrado em Tecnologias da Comunicação e Cultura.
Este ensaio trata da ilusão cibernética de fusão do corpo e da máquina, por meio do imaginário dos motociclistas que têm sua motocicleta como parte do seu corpo que se funde com seu desejo de liberdade, aventura, velocidade e emoção. Este imaginário assume outra perspectiva quando os motociclistas se vêem imersos num ambiente virtual em que realidade e simulação se confundem por meio da tecnologia. É sabido que as novas tecnologias da comunicação e informação atuam na construção do imaginário do homem contemporâneo, promovendo uma intensa e dinâmica relação entre o indivíduo e sua própria produção de subjetividade. Nesta perspectiva, diversos autores recorrem constantemente ao uso de metáforas (FELINTO, 2005; WHERTHEIM, 2001) para tratar o fenômeno da imersão da sociedade na cultura digital. Felinto (2005) dialoga com Whertheim (2001) ao perceber quão expressivo é o sentimento otimista dos entusiastas tecnológicos que defendem a visão do advento da “vida atrás da tela” como uma nova forma de organização coletiva em torno de um projeto espiritual. O autor ainda enumera uma série de trabalhos acadêmicos que potencializam o caráter divinizador do ciberespaço, como sendo a nova “Jerusalém Celestial”, onde todos os entraves para sobrevivência se esfumaçariam, as tormentas desapareceriam, as dificuldades e problemas do homem seriam resolvidos. Esta visão gnóstica passou a povoar o imaginário do homem pós-moderno pela intensidade com o qual ele se utiliza das novas tecnologias da comunicação, principalmente em se tratando da sua principal representante, a Internet. O motociclista contemporâneo no espaço virtual substitui a sua