Cultura de Citros
De origem asiática, as plantas cítricas foram introduzidas no Brasil pelas primeiras expedições colonizadoras, provavelmente na Bahia. Entretanto aqui, com melhores condições para vegetar e produzir do que nas próprias regiões de origem, as citrinas se expandiram para todo o país. Os citros compreendem um grande grupo de plantas do gênero Citrus e outros gêneros afins (Fortunella e Poncirus) ou híbridos da família Rutaceae, representado, na maioria, por laranjas (Citrus sinensis), tangerinas (Citrus reticulata e Citrus deliciosa), limões (Citrus limon), limas ácidas como o Tahiti (Citrus latifolia) e o Galego (Citrus aurantiifolia), e doces como a lima da Pérsia (Citrus limettioides), pomelo (Citrus paradisi), cidra (Citrus medica), laranja-azeda (Citrus aurantium) e toranjas (Citrus grandis). A citricultura brasileira, que detém a liderança mundial, têm se destacado pela promoção do crescimento sócio-econômico, contribuindo com a balança comercial nacional e principalmente, como geradora direta e indireta de empregos na área rural. As laranjeiras, as tangerineiras, as limeiras ácidas e os limões verdadeiros são os principais tipos de citros cultivados no Brasil. As laranjeiras [Citrus sinensis (L.) Osbeck] são os citros de maior importância econômica, sendo divididas em grupos: Comum, Umbigo, Sem Acidez e Sanguíneas (HODGSON, 1967). O fruto é consumido na forma “in natura”, porém, 50 a 55% é industrializado para a produção de suco. O caule das plantas podem ser utilizados na forma de lenha. Algumas espécies são utilizadas na produção de ácido cítrico e também na produção de matéria-prima para a indústria farmacêutica. No Brasil, a produção de citros ocorre principalmente no Estado de São Paulo, onde encontram-se cerca de 85% da produção brasileira de laranjas (14,8 milhões t; 700 mil ha); também, na ordem de aproximadamente 1,5 milhão t, destaca-se a produção de Tahiti e tangerinas, como a Ponkan e o tangor Murcott. Outros estados como Bahia,