Cultura, antropologia e inovação
01/02/2012
Categorias: inovação Fala-se muito do entendimento da cultura organizacional como sendo um dos caminhos que levam à prática da inovação em empresas. Mas como compreender a cultura de uma empresa?
Entre as diversas abordagens, a antropologia organizacional coloca a empresa de modo personificado para responder a essa pergunta, podendo assim chegar às suas necessidades, potenciais, pontos fortes e falhas – características estas que determinarão sua cultura e, por consequência, o rumo a se tomar para criar e inovar.
A etnografia (do grego ethno – nação, povo e graphein – escrever) é por excelência o método utilizado pela antropologia na recolha de dados. Baseia-se no contato intersubjetivo entre o antropólogo e o seu objeto, seja ele uma tribo indígena ou qualquer outro grupo social sob qual o recorte analítico seja feito. Quando o grupo social referido envolve a organização, temos então a antropologia organizacional.
Para reter e manter talentos, as organizações devem investir e reconhecer o capital intelectual de seus colaboradores. O antropólogo organizacional Ignácio Garcia propõe que isso seja feito por meio do conhecimento das chamadas redes informais de comunicação. Com isso, pode-se identificar o real papel desempenhado, muitas vezes bem diferente do organograma oficial.
A empresa em metáforas
A antropologia organizacional se utiliza de diversas metáforas (MORGAN, 1996), que auxiliam na questão de sua identidade e cultura, como por exemplo:
• Organizações como máquinas: desenvolvimento da organização burocrática; máquinas feitas de partes que se interligam, cada uma desempenhando um papel claramente definido no funcionamento do todo;
• Organizações como organismos: compreender e administrar as “necessidades” organizacionais e as relações com o ambiente, diferentes tipos de organizações como pertencendo a diferentes espécies;
• Organizações como cérebros: importância do processamento de informações,