Cultivo e Processamento de Camarão
Introdução
O termo camarão é a designação comum a diversos crustáceos da ordem dos decápodes, podendo ser marinhos ou de água doce. Tais crustáceos possuem o abdome longo, corpo lateralmente comprimido, primeiros três pares de pernas com quelas e rostro geralmente desenvolvido.
A pesca e a aquacultura de camarões é uma das actividades económicas mais importantes, devido ao elevado valor comercial destes produtos de luxo da alimentação humana. De acordo com a informação “Fishstat Plus” da FAO, em 2002, a captura mundial de camarões marinhos foi de 2.843.020 toneladas, enquanto que a produção mundial por aquacultura foi de 1.292.476 toneladas. Recentemente, várias espécies de camarões do coral têm sido comercializados pela indústria aquarista.
Carcinicultura é como é chamada a criação do camarão em sistemas aquícolas.
Historico No mundo
O cultivo de camarões marinhos é, hoje em dia, o segmento mais bem sucedido da aqüicultura, representando sozinho US$ 6,1 bilhões ou 12% do valor total gerado anualmente pela indústria aqüícola no mundo. Entre as espécies mais cultivadas está o Litopenaeus vannamei.
Atualmente, cerca de 75% da produção mundial de camarões cultivados concentram-se nos países asiáticos. O restante (25%) vem do continente americano, sobressaindo-se o Equador (49,6%), bem à frente dos demais países, seguido pelo México, Honduras, Colômbia e Panamá (tabela 1.1).
Nas Américas, o Equador é o maior cultivador de L. vannamei, tendo alcançado, em 1999, uma produção de 85.000 toneladas em 100.000 ha de viveiros. No Brasil, toda a produção de camarão cultivado é dessa espécie. Ocupa o 10º lugar entre os maiores produtores do mundo, e o 3º entre os países americanos.
O crescimento da produção mundial de camarões no período de 1988/1997 foi da ordem de 39,9%. Nesse período,