Cuidar ou Tratar
Instituto de Ciências Humanas e da Informação
Curso de Psicologia
Ética e Legislação em Psicologia
Cuidar ou Tratar? Um tempo para o outro
Cuidar ou tratar? O texto de Márcia Chevrand nos coloca em reflexão, nos instiga a pensar na diferença entre as duas ações. Ao despertar-nos para essa dicotomia, alerta-nos do profundo sentimento humanitário que envolve o ato de cuidar.
Hoje vivemos em uma sociedade que cobra de todos mais sucesso, mais velocidade, mais dinheiro. Caso tivermos tudo isso, somos vencedores, se não, perdedores. Precisamos ter o carro mais moderno, mais veloz, com mais acessórios e transformamos esse veículo uma extensão de nos mesmos, mostramos nesse carro adesivos que nos identificam, que mostram quantos animais temos em casa, nossas preferências religiosas, no esporte, na música. Ele não é mais um meio de locomoção, é um símbolo de status e de estilo de vida e de nos mesmos.
Temos que possuir o computador mais moderno, mais fino, mais rápido, mais brilhante, com maior resolução, o celular que tem mais funções, que tem a tela com mais resolução, que tem GPS, radio, tira foto e inclusive faz ligações. O maior televisor, com resolução High-Definition, que agora não serve mais somente pra ver aquele filme que gostamos, serve também pra acessar a internet, pra ler nossos e-mails, pra entrar nas redes sociais.
E para termos tudo isso que o mundo moderno determina como sendo símbolo de sucesso, que custa dinheiro, ele nos cobra uma única coisa: tempo.
Hoje a carreira médica não é mais uma carreira de vocação, como antes era, em que os médicos cuidavam de seus pacientes, conheciam seus nomes, o nome de seus filhos, suas particularidades. Para os médicos de hoje, pacientes são números, fichas, cheques. Pacientes são hoje consumidores de grandes laboratórios mundiais, que promovem aos médicos congressos em locais paradisíacos e viagens para que eles receitem seus produtos.
Hoje os médicos têm