Cuidados paliativos em pacientes idosos no periodo de terminalidade
INTRODUÇÃO Os cuidados paliativos (CP) são intervenções destinadas aos pacientes que estão numa situação de terminalidade de vida. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), CP são intervenções que amenizam sintomas desagradáveis, provocados pela progressão de uma doença ou pelo tratamento proposto. A faixa etária dos idosos é a que com maior frequência está sujeita a essas intervenções, principalmente aqueles submetidos a terapias longas para doenças crônicas, tais como demência, neoplasia, cardiopatia, pneumopatia e nefropatia¹.
Em um idoso com a doença crônica, a evolução para a morte ocorre quando o paciente encontra-se em um estado de fragilidade, com declínio das funções orgânicas e da qualidade de vida. O processo de morte por doença crônica propicia a resolução das frustrações e pendencias emocionais, legais, financeiras e sociais, além de favorecer uma mudança de atitude entre as pessoas.² Pensando assim, espera-se que a abordagem adequada dos sintomas físicos e psicológicos, proporcione conforto ao paciente e possibilite aproximação com a família e os amigos. Desta maneira, é de fundamental importância, tanto para o doente como para sua família, uma atenção relacionada ao suporte emocional e social de modo que tais pessoas enfrentem esse momento com mais tranquilidade e dignidade. O morrer, além de ser um processo biológico, apresenta-se como uma construção social, e pode ser encarado de diversas formas, visto que o contexto histórico-social está envolvido no processo, dessa forma, é importante conceber a morte como um processo e não como um fim, pois considerando que o paciente é um ser social e histórico, cuida-lo em seu momento final significa entende-lo, ouvi-lo e respeita-lo.¹-²
OBJETIVOS O presente estudo objetiva identificar o contexto sociocultural e histórico dos cuidados paliativos em idosos na fase de terminalidade, bem como se os usos dos mesmos influenciam de