Cubismo

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Para o crítico de arte Meyer Schapiro, tais relações entre arte e ciência podem ser vistas em determinadas obras ou mesmo em certas conjunturas históricas. Para Schapiro, a pintura renascentista é sempre o exemplo mais recorrente. Porém, quando se tenta estabelecer uma continuidade entre a teoria da relatividade e o cubismo, estabelecemos, segundo Schapiro, um suposto vínculo acerca da concepção do real em Picasso e Einstein. A questão que se coloca, para o crítico, é que a mera contemporaneidade das revoluções não as torna irmãs. Cubismo na arte e teoria da relatividade na ciência, cada uma em seu âmbito, dão conta, segundo ele, de realidades distintas, apesar de Einstein e Picasso fazerem parte de um mesmo contexto histórico, como afirmou Gleiser.

Cubismo no Brasil
O cubismo não foi um movimento de um único artista. Ocorrido entre 1907 e 1914, ele foi protagonizado por Pablo Ruiz y Picasso (1881 - 1973), Georges Braque (1882-1963), André Lhote (1885-1962) e muitos outros nomes, inclusive de artistas brasileiros como Anita Malfati, Brecheret e Di Cavalcanti.
Anita Malfati, por exemplo, foi alvo, em 1917, durante sua primeira mostra, de uma dura crítica do então crítico de arte Monteiro Lobato, o qual afirmou que o trabalho da artista se deixava seduzir pelas vanguardas européias, assumindo, segundo ele, "uma atitude estética forçada no sentido das extravagâncias de Picasso & Cia".
Por outro lado, para o crítico Nogueira Moutinho, em 1917, "Anita Malfati já escandalizava a paulicéia provinciana com sua exposição expressionista, e Lasar Segall e Di Cavalcanti começavam a incomodar o conservadorismo vigente"(4).
Ainda segundo Moutinho, Tarsila do Amaral afirmou certa vez que o cubismo "é o serviço militar da pintura", significando assim a importância que o estudo rigoroso da composição e da forma tem para o artista plástico (5).
Quando Tarsila do Amaral esteve em Paris, passaram por seu ateliê artistas como: Eric Satie, Jean Cocteau, Blaise Cendras, Léger,

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