Cubismo a arte de decompor e recompor a realidade
Foi em 1908 , depois de uma exposição de quadros de Braque no Salão de Outono em Paris, que Henri Matisse, participante do júri, qualificou os quadros como “caprichos cúbicos”, devido a imagens de telhados se fundindo com arvores que davam a sensação de cubos. Assim nasce a denominação Cubismo, movimento de vanguarda que se desenvolveu primeiro na pintura e depois na literatura.
Nesse movimento, a realidade é retratada a partir de formas geométricas, desmembrando o espaço tridimensional, espalhando objetos sobre diversos planos e não transcrevendo os objetos tal como seriam vistos. As características e técnicas exploradas pelos pintores cubistas são os ângulos retos, planos geométricos e formas descontínuas.
O cubismo deixa de apelar às convenções fechadas, aonde o centro único de referencia determina que o mundo seja visto por um só olho, imóvel. Procuram sugerir perspectivas múltiplas, um mundo visto por um ou vários homens que se movimentam, modificando assim, os ângulos da visão.
A perspectiva e as relações são indispensáveis no cubismo. Com o conceito do cubismo, é derrubada a ideia da coisa em si, de algo absoluto. A realidade esta sempre nascendo e crescendo, não é mais dada e constituída. O mundo deixa de ser uma grande máquina cósmica, vista como algo inteiramente causal e determinado.
Uma causa definida que gera um efeito definido, como a mecânica de Newton, que acabada deixando de ser base de toda a física a partir das descobertas de Einstein. As teorias da relatividade e da física atômica vão quebrar os principais conceitos da visão newtoniana do mundo: a noção de tempo e espaço absolutos, a natureza estritamente causal dos fenômenos físicos e o ideal de uma