Cubas o morto que vive
O romance, Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, é considerado Realista por apresentar fatos sociais, realista e objetivo. Diferentemente de várias outras formas literária, o romance Brás Cubas é narrado em primeira pessoa, introduzido pelo fim, ou por sua morte, e tratará de um narrador-defunto ou defunto-narrador.
Brás Cubas, o defunto-narrador e personagem principal, faz diálogos diretos com o leitor, busca formas de interagir, faz questionamentos e afirmações, fazendo parecer como se ele estivesse diante do leitor. Podemos analisar no primeiro capítulo do livro “óbito do autor”, a fala direta do personagem com o leitor. “... a causa da minha morte, é possível que o leitor me não creia, e todavia é verdade” . (p.13)
Embora inverossímil, a obra possui uma verossimilhança ao manter uma proximidade com o leitor, ou seja, algo irreal, mas próximo do real.
Narrador:
A narração das memórias de Brás Cubas é feita por um protagonista que não pertence mais a esse mundo terrestre, e descreve as suas memórias, relembrando sua morte, infância, adolescência, juventude e velhice. Assim, podemos dizer que se trata de um narrador-observador e convém contar a história da maneira que ele achar melhor.
Enredo
A história se inicia com a morte do personagem principal, que é também o narrador. Brás Cubas faleceu aos 64 anos, vítima de uma pneumonia, na chácara, Patumbi, no Rio de Janeiro. Seu velório foi fúnebre, acompanhado por um grupo de onze amigos, o qual o autor explica o motivo de ter comparecido, apenas essas pessoas. Ele também alega a falta de anúncios, cartas e jornais. Em seguida, Brás Cubas tem uma ideia de inventar um medicamento, anti-hipocondríaco, que seria para aliviar as melancolias da humanidade. O narrador conta a história de sua origem, nascimento, partindo desde seus ascendentes, mostrando que pertencia a uma família de elite. Apresenta seu pai, Bento Cubas,