Literatura Machadiana

Machado de Assis Joaquim Maria Machado de Assis foi um grande escritor brasileiro considerado o maior nome da literatura nacional. Mestiço e de origem humilde (tinha apenas o ensino primário), alcançou alta posição como funcionário público e ganhou o respeito e consideração das pessoas numa época difícil (a escravidão no Brasil). Machado foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e o primeiro presidente, em 1897. É mais conhecido pelos seus contos e romances, mas também escreveu poesias, peças teatrais e crônicas, além de ter sido um grande crítico literário.
Suas obras se dividem em duas fases:
1) Fase romântica: na qual seus personagens possuíam características românticas, sendo o amor e os relacionamentos amorosos os principais temas de seus livros. Apesar dessas características, Machado não abandona seu humor reflexivo e o estilo conciso, distante da linguagem utilizada no romantismo.
Livros: Ressurreição,1872; A Mãe e a Luva,1874; Helena,1876; Iaiá Garcia,1878; Memórias Póstumas de Brás Cubas,1881.
2) Fase Realista: onde surge em seus livros o realismo literário, no qual Machado faz uma análise profunda e realista do ser humano, destacando suas vontades, defeitos e qualidades. Machado desenvolveu nessa fase o seu inconfundível estilo desiludido, sarcástico, irônico e amargo. Utiliza o humor pessimista e a complexidade do pensamento, fazendo com que se afaste de seus contemporâneos.
Livros: Memórias Póstumas de Brás Cubas,1881; Quincas Borba,1892; Dom Casmurro,1900; e Memorial de Aires,1908.
Características de suas ficções:
- Ruptura com a narrativa linear - os fatos não obedecem uma ordem cronológica;
- A ironia e o humor negro - mostrava sua revolta através do riso, um riso amargo que demonstrava o desencanto diante da miséria física e moral de suas personagens;
- O psicologismo - a ação e o enredo perdem a importância para a caracterização das personagens;
- O universalismo - busca sempre temas universais, a essência humana e