Cuba
Bruno Cordeiro Nojosa de Freitas Dhenis Silva Maciel Gleilson José Mota Andrade INTRODUÇÃO
Como compreender movimentos tão complexos como foram os que lutaram pela independência da América Latina sem atentarmos para seus atores? Como deixar de perceber as negociações, os interesses e as dissonâncias entre as classes envolvidas neste processo? Movidos pela inquietação em olhar mais cuidadosamente para tais pontos, resolvemos fazer uma análise sobre os interesses que moviam os setores da sociedade que se encontraram envolvidos na luta pela emancipação, e é nesta análise que se encontra o nosso problema, pois para Maria Ligia Prado1 e Timothy Anna2, afirmam que todos os setores da sociedade estiveram envolvidos nesse processo revolucionário. Levantamos então o seguinte questionamento: será que o índio também queria a revolução? Bem, para que possamos ter um justo juízo sobre essa questão se faz mister que observemos as raízes e o contexto que cercava esta luta dos colonos americanos (especificamente no México e Nova Granada) para a libertação do jugo do sistema colonial espanhol. Baseando-nos no texto de Maria Ligia Prado, A formação das nações latinoamericanas, percebemos que, a despeito das evidências de crise do poder espanhol na
América, o rei ainda era a autoridade máxima de todas as instâncias político/administrativas do Império, estrutura essa que foi “modernizada”, tornando-se mais sólida, organizada e hierarquizada a partir de 1782, com as reformas dos Reis Bourbônicos, que concerniam à normatização do setor público e, principalmente, à centralização do poder e uma maior eficácia na cobrança de impostos. Todas essas mudanças atingiram diretamente a elite criolla, visto que os principais postos da burocracia real seriam compostos por espanhóis de puro sangue, além de ocuparem também os principais cargos no exército (acima da patente de capitão, só havia