Cuba

Quatro vezes maior que a Bélgica, com 110.860 quilômetros quadrados e uma população de 10.402.000 habitantes (1988), Cuba é a mais vasta das ilhas do Mar das Antilhas, a menos de 200 quilômetros da Flórida, nos Estados Unidos. Cuba foi o último país latino-americano a libertar-se da tutela espanhola. Já no começo do século XIX, quando começou a independência da América espanhola, umas séries de incidentes opuseram os criollos cubanos e a coroa espanhola. Cuba era um grande produtor mundial de açúcar e café. As crises econômicas mundiais de 1857 e de 1866 fizeram um grande estrago na economia cubada, ao provocar a queda dos preços do açúcar e do café, assim como a elevação das taxas de juros e a supressão quase total dos créditos, num momento em que se exigiam grandes quantidades de capitais para modernizar tecnicamente a produção açucareira. Por outro lado, a coroa espanhola não deixava de aumentar os impostos, mantendo Cuba como mera fonte de ingressos fiscais e um mercado para obter fabulosos lucros, mediante um rígido monopólio comercial. A exploração da metrópole levava à falência os fazendeiros do açúcar, do café e do tabaco. Mas foi preciso esperar por 1898 e a Guerra Hispano-Americana para Cuba obter sua independência. O couraçado Maine dos Estados Unidos foi misteriosamente incendiado em Cuba. Alguns dizem que foram os partidários da independência, para forçar os Estados Unidos a uma guerra contra a Espanha. Outros dizem que foram os próprios americanos, para ter um pretexto de guerra contra a Espanha. O certo é que com o incêndio do Maine, os Estados Unidos entraram em guerra com a Espanha. Terminada a guerra, pelo Tratado de Paris Cuba passou a ser uma nação independente, mas sobe a influência dos Estados Unidos. O mais esclarecido de todos os lutadores pela independência cubana foi o poeta José Martí, que, adolescente ainda, entregou-se à causa da independência de seu país. Defendia as aspirações de democracia e justiça