Críticas sobre o filme " O Resgate do Soldado Ryan"
Escrito por Robert Rodat, “O Resgate do Soldado Ryan” utiliza um longo flashback para narrar o desembarque do exército norte-americano na praia de Omaha, na França, no famoso dia 06 de Junho de 1944. Após sobreviver ao verdadeiro massacre imposto pelas metralhadoras alemãs, o capitão John Miller (Tom Hanks) é incumbido de liderar um pelotão em busca do jovem James Ryan (Matt Damon), único dentre quatro irmãos ainda vivo e, justamente por isso, escolhido para voltar para casa e amenizar parte da dor de sua mãe. O problema é que Ryan é paraquedista e seu paradeiro é incerto, o que leva os soldados a questionarem a validade daquela missão.
Ainda que tenha quase 3 horas de duração, “O Resgate do Soldado Ryan” mantém um ritmo sempre empolgante, graças a sua narrativa simples e eficiente, que não abre muito espaço para firulas desnecessárias e foca constantemente na missão daquele grupo e nos obstáculos que surgem no caminho. Para isto, Spielberg conta com a montagem intensa de seu habitual colaborador Michael Kahn, ditando este ritmo dinâmico ao intercalar as empolgantes cenas de batalha com pequenos momentos de refresco, como quando os soldados conversam na igreja ou quando eles se encontram com companheiros do exército que tentam se recuperar dos ferimentos de batalha.
Isto não impede que Spielberg crie belos momentos dominados pelo silêncio e a melancolia, como, por exemplo, na cena em que a mãe de Ryan recebe as três cartas informando a morte de seus filhos. Sem a necessidade de utilizar uma só palavra, o diretor transmite toda a carga dramática da cena, apenas pelas escolhas dos planos e pelo desempenho dos atores, numa abordagem eficiente que sequer necessitaria da