CRÍTICA OLGA
Ideais Revolucionários
Olga, filme brasileiro realizado em 2004 e dirigido por Jayme Monjardim, retrata a biografia da alemã, judia e comunista Olga Benário Prestes, a qual é interpretada por Camila Morgado.
A protagonista é uma militante comunista desde jovem, sendo que seus pais não apoiavam seus ideais. Devido seu espirito revolucionário, Olga foi perseguida e se mudou para Moscou, onde ficou encarregada de acompanhar Luís Carlos Prestes (Caco Ciocler), o qual seria responsável por liderar uma revolução armada no Brasil. Neste contexto, ambos lutavam pelo comunismo e, no decorrer da trama, tornam-se íntimos e apaixonam-se.
Quando o movimento revolucionário é derrotado pelas forças de Vargas, Prestes é preso. Vale ressaltar que Getúlio era simpatizante da ditatura de Adolf Hitler, neste sentido deportou Olga, apesar dela estar grávida, para uma prisão alemã. Neste local a personagem pariu sua filha, cujo nome era Anita Leocádia. Após o período de amamentação, a protagonista foi encaminhada para um campo de concentração, onde foi morta.
Durante muito tempo, Anita e Luís Carlos não tiveram contato, mas anos mais tarde encontram-se e leem uma triste carta de despedida de Olga.
Evidentemente, o longa-metragem não é completamente fiel aos fatos históricos, uma vez que se utiliza de um drama excessivo para narrar uma história de amor. Sendo assim, o filme brasileiro ao adotar as questões sociais e políticas do seu país, não conseguiu contribuir efetivamente na disseminação da cultura.
Alguns devem acreditar que esse merchandising social serviu apenas para produzir um filme com o mocinho e bandido, sem alterar os moldes convencionais presente no cinema.
Apesar disto, acredito que em Olga é retratado a beleza/determinação das ideias revolucionárias, as fraquezas escondidas pelas personagens heroicas, a insensibilidade de Getúlio Vargas ao deportar a mulher de