Resenha crítica filme Olga

Maria Bergner, conhecida no Brasil como Olga Benário, foi uma importante revolucionária alemã que defendia o comunismo e lutava contra as desigualdades e injustiças sociais. Judia, de família de classe média, nasceu em Munique em 1908. O filme Olga (Brasil, 2004), de Jayme Monjardim, narra sua trajetória desde quando decidiu se unir ao Partido Comunista Alemão, em 1926, até o fim de sua vida nos campos de concentração nazistas em 1942.
Ao ser acusada de atividades subversivas, foi presa em 1929 e após ser libertada se mudou para a antiga União Soviética, onde trabalhou na Internacional Comunista. Nesse tempo conheceu Luís Carlos Prestes, um importante líder revolucionário brasileiro, e fez parte do grupo de estrangeiros que o acompanharam em seu retorno ao Brasil em 1935. Na Alemanha, Adolf Hitler, depois de uma tentativa fracassada de derrubar o governo em 1923, tornou-se chanceler em 1933 e criou um governo unipartidário e totalitário liderado pelo seu partido nazista. Ao repudiar o Tratado de Versalhes, acelerou seu programa de rearmamento e recrutamento enquanto a Alemanha e a Itália ocupavam territórios e se preparavam para uma possível guerra.
No Brasil, o nome de Prestes era aclamado em manifestações populares promovidas pela ANL (Aliança Nacional Libertadora) – uma frente antifascista que reunia diversos setores de esquerda, entre eles o comunismo. Com a repressão do governo de Vargas, Olga e Prestes viveram por meses na clandestinidade e com a ajuda de comunistas passaram a preparar uma insurreição armada, porém sem a participação popular a intentona, liderada por ele, não obteve sucesso. Nos meses que se seguiram, líderes e revolucionários foram cassados e presos, incluindo Olga e Prestes. O governo detinha sob poder a marinha, o exército e a aeronáutica e tinha o apoio do governo de Hitler no controle e tortura de revolucionários e aliados esquerdistas. Os dois anos seguintes foram marcados pelo fechamento político o qual prenunciava a