Crítica da Razão Consensual

11048 palavras 45 páginas
Crítica da Razão Consensual
Os ensaios que, há anos atrás na revista VÉRTICE, decidi intitular Crítica da Razão Consensual, seguem agora com uma quinta parte. Intróito
Instalou-se, de algum modo, uma forma de consenso entre intelectuais, sobretudo dos meios escolares e universitários, contra Marx. Marx estaria, segundo eles, definitivamente morto. Variantes: doutrina política sem interesse filosófico ou científico, que não oferece já um método competente para o exame das sociedades contemporâneas (isto é claramente notório na bibliografia sociológica); enfim, o que resiste e subsiste, segundo os comentadores mediáticos, é uma mera ideologia política partidária condenada (condenável). A “globalização” e a “pós-modernidade” já não comportam um pensamento do século XIX… que se revelou um fracasso na sua aplicação. Evidentemente que não há regra sem excepção: não falando já, por desnecessário, dos excelentes ensaístas marxistas que em todas as línguas devemos conhecer e enfatizar, há os que não sendo marxistas admitem a importância de “O Capital” e a actualidade “profética” de muito do que em Marx se lê. As universidades são corporações, sobre elas sabemos o bastante através de Bourdieu; pior do que isso, talvez, são as escolas do ensino médio – e público! - onde Marx é já um completo desconhecido. Tentemos responder a esta espécie de comunidade ou consenso que se instalou contra Marx, sem a pretensão de pregar uma «verdade absoluta» contra os «ímpios» que só não a vêem porque andam cegos. E com algum humor, pois que não poucos dos que têm vindo a rejeitar Marx, formaram-se nas ideias dele, defenderam e ensinaram-no, pelejaram contra os adversários dele, foram dirigentes políticos de relevo, deputados, filósofos, historiadores, sociólogos, provocaram intensos debates que seguimos apaixonadamente na nossa juventude e, ao contrário de Marx, são actualmente autores estudados nas universidades (contra ou sem Marx). Porém, quantos deles, na verdade, nunca mais

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