Crustáceos associados ao recife de arenito
Gean Zanetti1; Nálita Maria Scamparle Teodoro2; Karla Gonçalves da Costa3
Laboratório de Ecologia Bentônica, DCAB/CEUNES, Universidade Federal do Espírito Santo- UFES, São Mateus, ES. gean-zanetti@hotmail.com1; nalita.scamparle@gmail.com2; karlacostabio@gmail.com 3
Dos ecossistemas costeiros presentes na região entre-marés, os recifes de arenito são considerados um dos mais importantes, pois são locais para alimentação, crescimento e reprodução de muitos organismos marinhos de importância ecológica e econômica. A fauna associada neste recife necessita de adaptações como a resistência à dessecação devido ao regime das marés, manutenção da temperatura corporal e a resistência da ação mecânica das ondas. Nos últimos anos, o interesse pelos estudos dos crustáceos bentônicos vem crescendo, principalmente por possuírem íntima relação com diferentes níveis da cadeia trófica e muitos serem ótimos indicadores ambientais, podendo também determinar faixas nos ambientes consolidados. O estudo da fauna de crustáceos no litoral do Espírito Santo é escasso e visando contribuir para esse conhecimento foi realizada uma análise quali-quantitativa dos crustáceos associados às macroalgas bentônicas marinhas do mesolitoral do recife de arenito da Praia de Uruçuquara, norte do Espírito Santo (19°03’50”S, 39°43’21”O). Para isso foram realizadas três coletas (Ago/10, Fev/11, Ago11) com lançamentos aleatórios de um quadrat (0,30m X 0,30m) em três transectos paralelos a linha d’água. Nas amostragens foram encontrados 9.282 organismos, pertencendo a 6 grupos de crustáceos (Caprellidae, Gammaridae, Isopoda, Decapoda, Pedunculata e Sessilia). Além disso, foi possível observar que os caprelideos dominaram o mesolitoral inferior e as cracas (Ordem Sessilia) dominaram o mesolitoral superior. As variáveis bióticas como: riqueza de táxons, abundância de organismos e diversidade de Shannon-Wiener, obtiveram