CRONICAMENTE INVIVEL MARIANILDE

RESENHA PARA A.C.C.C. DO FILME
CRONICAMENTE INVIÁVEL

MARIANILDE BATISTA CHAVES – RA. 1121072
LICENCIATURA EM FILOSOFIA

Curitiba – PR
2015.

CRONICAMENTE INVIÁVEL

O filme mostra um Brasil caótico e hipócrita é o retrato pintado fielmente pelo diretor do filme “Cronicamente inviável”. Um Brasil nojento em que ninguém se salva de sua culpa, onde as relações de opressor e oprimido estão expostas a toda prova tendo como ponto de interseção.
No filme Luiz é um homem refinado que acredita na civilidade e nas boas maneiras como forma de se resolverem os problemas. Amanda é a gerente de seu restaurante, uma mulher de origem pobre que incorpora a ética e os costumes burgueses. Adam é um sulista descendente de poloneses que vai trabalhar como garçom no restaurante. Maria Alice é uma mulher de classe média alta que se compadece com as injustiças sociais. Seu marido Carlos

é um

economista que acredita na racionalidade e no pragmatismo do capitalismo. Por fim, Alfredo é um pesquisador que viaja pelo Brasil procurando compreender e refletir as relações de dominação e opressão.
Carlos representa a encarnação do pensamento da instauração da saudável desigualdade social como forma de fazer com que os homens procurem ascender sua condição social. Ao repreender um desleixo da empregada doméstica, ele diz que “A lei do menor esforço é que mantém o mundo, devem-se manter as pessoas em permanente tensão”. Logo após, o diretor mostra que as relações sociais de exploração de trabalho entre a sua esposa e da empregada doméstica já se repetem por três gerações. Se Carlos tivesse que explicar, ele certamente diria que a empregada e seus entes sempre foram acomodados e relapsos.
Enquanto que Carlos segue praticando o trambique já que ele estaria institucionalizado pela lei brasileira, sua esposa pratica a caridade como forma de aliviar sua culpa pela situação de desigualdade econômica no país. Maria Alice contesta na aparência o neoliberalismo por abandonar a assistência à população
e