1. INTRODUÇÃO A cromatografia, em todas as suas formas e variações, constitui hoje um dos mais importantes métodos de separação de misturas, se não o mais importante. Este método faz uso das diferenças no grau de adsorção e das diferenças de solubilidade das várias substâncias (GOMES; 2004). Está fundamentada na migração diferencial dos componentes de tal mistura, que ocorre devido a diferentes interações, entre duas fases imiscíveis, fase móvel e a fase estacionária. A fase móvel é quando o eluente é um solvente puro ou uma mistura de solventes. Fases imiscíveis são quando apresentam duas fases bem distintas. E fase estacionária é quando sólidos e líquidos estão quimicamente ligados. A cromatografia de origem no termo grego “chroma+graphein” ganhou importância como método de separação por volta de 1903, com o botânico Mikhail Semenovich Tswett, nascido em Asti (Itália), sendo a sua família de origem russa. Este investigador desenvolveu vários trabalhos experimentais no domínio da separação de extratos de plantas por adsorção diferencial em colunas, usando carbonato de cálcio como fase estacionária e di-sulfureto de carbono como eluente. Os métodos cromatográficos são utilizados para separar misturas contendo duas ou mais substâncias ou íons, e baseiam-se na distribuição diferencial dessas substâncias entre duas fases: uma das quais é estacionária e a outra, móvel. A cromatografia é uma técnica de separação especialmente adequada para ilustrar os conceitos de interações intermoleculares, polaridade e propriedades de funções orgânicas. (RIBEIRO; 2008). Dentre as várias técnicas cromatográficas, aquela com maior potencialidade didática em cursos básicos de química é a cromatografia em papel, devido à sua simplicidade, facilidade de execução e possibilidade de uso de amostras coloridas, em pequenas quantidades (OKUMURA; 2002). A cromatografia em papel é uma microtécnica muito útil para a separação de componentes de uma mistura e realização da