Cromatografia
Em sua expressão mais simples, podemos definir a cromatografia como um processo de análise imediata por migração diferencial dos componentes de uma mistura, dentro do sistema cromatográfico.
As origens da Cromatografia estão muito relacionadas com o estudo de produtos naturais e as dificuldades em relação à purificação desses compostos levaram à melhoria na performance dos processos de extração e isolamento.
Para resolver problemas de análise, é indispensável a escolha da técnica cromatográfica mais apropriada, em função da natureza das substâncias a separar.
Uma grande parte dos problemas de separação de compostos orgânicos são resolvidos com o conhecimento dos fenômenos de adsorção e partição, porém a cromatografia, nas suas várias versões, é um método de escolha na separação de biomoléculas. Somente na área de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) encontram-se aplicações na indústria farmacêutica, biotecnologia, investigação biomédica e bioquímica, energia, alimentação, cosméticos, meio ambiente e vitaminas. Com o crescente interesse no descobrimento de novos metabólitos de várias fontes (vegetal, de microrganismos e organismos superiores marinhos e terrestres) existe a necessidade de separação de misturas em pequenas quantidades, de maneira rápida, eficaz e econômica.
Em 1906, um botânico russo, chamado TSWETT, estudava os pigmentos dos vegetais. Ele queria filtrar uma solução de pigmento de folhas verdes em éter de petróleo, com a ajuda de um tubo de vidro cheio com carbonato de cálcio. Ele observou a formação de uma série de bandas horizontais coloridas, amarelas e verdes, correspondentes aos diferentes constituintes da mistura, que se encontravam assim fracionados. Desta forma foi lançada a base da técnica cromatográfica. Vinte e cinco anos passaram-se até que, em 1931, KUHN e LEDERER