Cromatografia
A complexidade na determinação de compostos potencialmente tóxicos encontrados no meio ambiente tem, cada vez mais, demandado o desenvolvimento de técnicas avançadas para identificação dos constituintes de uma amostra ambiental. Muitas vezes estes compostos encontram-se como misturas homogêneas de diferentes substâncias, o que dificulta a análise da amostra e torna necessária a utilização de uma técnica de separação para a identificação dos constituintes presentes na amostra. A cromatografia é um método físico-químico de separação no qual os constituintes da amostra são particionados em duas fases, uma estacionária e a outra um fluido insolúvel que percola através da primeira. A fase estacionária empregada pode ser um sólido ou um líquido enquanto que a fase móvel pode ser um fluido líquido, um gás ou um gás supercrítico (acima da temperatura crítica e a altas pressões) (Ciola, 1998). A grande variedade de combinações entre fases móveis e estacionárias a torna uma técnica extremamente versátil e de grande aplicação. A cromatografia pode ser utilizada para a identificação de compostos através da comparação com padrões previamente existentes, para a purificação de compostos separando as substâncias indesejáveis e para a separação dos componentes de uma mistura (Collins et al, 1993). A cromatografia existe há mais de cem anos e, a sensibilidade, velocidade, exatidão e simplicidade para separação, identificação e determinação de substâncias, resultaram em um grande desenvolvimento deste método ao longo do tempo. Existem diferentes modalidades de cromatografia e elas são responsáveis por mais de 70 % da Química Analítica realizada hoje em dia (Neto e Nunes, 2003). As técnicas cromatográficas podem ser classificadas de diferentes formas que variam de acordo com as fases móvel e estacionária utilizadas no método. A tabela 1 apresenta as possíveis classificações quanto a natureza das fases para os processos cromatográficos.
Tabela 1: