Cromatografia
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INTRODUÇÃO
O termo cromatografia é atribuído ao botânico russo Mikhael Semenovich Tswett que, no início do século empregou a técnica para a separação de pigmentos presentes em folhas de plantas, através da passagem de extratos de folhas, arrastados por éter de petróleo, através de leitos de carbonato de cálcio finamente dividido. As espécies separadas (clorofilas e xantofilas) apareciam nos leitos como bandas coloridas, e por isso Tswett chamou o método de cromatografia, do grego chroma (cor) e graphein (escrever). A definição de cromatografia dada pela IUPAC em 1993 é a seguinte : “cromatografia é o método físico de separação no qual os componentes a serem separados se distribuem entre duas fases, uma das quais estacionária, enquanto a outra se movimenta numa direção definida”. A mistura que contém os componentes a serem separados é dissolvida na fase móvel. Durante a passagem da fase móvel através da fase estacionária, alguns componentes são fortemente retidos pela fase estacionária e por isso se movem lentamente com o fluxo da fase móvel; enquanto isso, outros componentes interagem fracamente com a fase estacionária, sendo transportados mais facilmente pela fase móvel. Devido a essas diferenças em mobilidade, os componentes da mistura podem ser separados e analisados de forma qualitativa e/ou quantitativa, pela própria técnica de cromatografia ou em conjunto com outras técnicas experimentais, tais como a espectrofotometria ou a espectrometria de massas. Existem várias formas de realizar uma separação por meio de um processo cromatográfico. Diversas combinações são possíveis : a fase estacionária pode ser um sólido, um líquido imiscível à fase móvel ou um gel, fixado numa superfície plana ou dentro de uma coluna; a fase móvel pode ser um líquido, um gás, ou um fluído supercrítico (um vapor pressurizado, em temperatura acima de sua temperatura crítica, que possui a vantagem de ter menor viscosidade que o