Critérios para Delimitar áreas de Preservação Permanente em Rios de Planície de Inundação
Luiz Sílvio Scartazzini
Dr. em Engenharia Civil e Prof. da Universidade Luterana do Brasil – ULBRA – Canoas/RS. lsscarta@yahoo.com.br.
Rubens Müller Kautzmann
Dr. em Engenharia Ambiental e Prof. do Centro Universitário La Salle - UNILASALLE – Canoas/RS. rubensmk@terra.com.br
Ana Cláudia Fischer
Bióloga de Licenciamento Ambiental da Geoambiental Consultoria e Licenciamento Ltda – Lajeado/RS. anaclaudia@certelnet.com.br
Resumo
Os recursos hídricos sofrem pressões cada vez maiores na medida em que aumentam as ações antrópicas sobre seu leito e margens. A necessidade de se definir a extensão da área de proteção dos mananciais e cursos das drenagens é urgente, garantindo sua preservação e uso sustentável. As funções das Áreas de Preservação Permanente – APPs, além de impedir a erosão e assoreamento dos rios, também estabelecem condições apropriadas à manutenção do volume de água e o desenvolvimento da biodiversidade. No presente trabalho são analisados alguns problemas decorrentes do estado atual da legislação sobre APPs em rios e apresentados alguns critérios que podem ser adotados para a definição destas áreas. São comparados cenários que delimitam a APP de acordo com o estabelecido pelos: Código Florestal Federal, Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA e a delimitação de acordo com os critérios propostos neste trabalho. Estes critérios delimitam a APP com base nas cotas máximas de cheias anuais, com largura variando de acordo com o tempo solicitado para operação da obra a ser licenciada, cuja medida é sistematizada através da distribuição de Gumbel. No estudo de caso, realizado em um trecho da margem direita do rio Caí, é feita a aplicação e a comparação das diferentes delimitações de APP obtidas através das três abordagens aplicadas, em função das cheias que ocorrem no local. Mostra-se que a delimitação proposta no trabalho permite proteger a área sensível a