Cristologia
“...pois os que tem autoridade sobre os outros são dela investidos exclusivamente para assegurar o bem público. Sob pretexto algum deve a autoridade civil servir à vantagem de um só ou de alguns, visto haver sido constituída para o bem comum.” (Papa Leão XIII - Immortale Dei)
1. Os apontamentos fundamentais da encíclica Immortales Dei
A Immortales Dei é uma encíclica do Papa Leão XIII, datada de 01 de novembro de 1885, que além de rebater as acusações de que a Igreja seria contraria aos interesses da sociedade civil, também pretende instruir os católicos de como fazer política de acordo com os princípios cristãos. Ela faz uma reflexão sobre a constituição dos Estados, mediante o parecer da doutrina católica.
Na Immortales Dei, Leão XIII vai lembrar que “o direito de comandar, por si só, não é necessariamente ligado a uma forma de governo, mas de toda a forma de governo. [E] os governantes devem ter em consideração a Deus, o mestre supremo do mundo”. Portanto, não há como negar que as pessoas podem ter a autoridade investida pelo povo, mas a fonte da autoridade não é simplesmente terrena, mas divina. O documento ainda convida os católicos a participarem na vida pública tanto mais por causa de seus princípios, pois "são mais obrigados do que nunca para ter na gestão da integridade nos negócios e zelo".
2. Importância da encíclica “Immortales Dei” na atualidade
Infelizmente, devido as experiências cotidianas e amplamente negativas dos povos com as questões políticas em seus países, o envolvimento de cristãos no mundo político geralmente é desestimulado por diversos segmentos religiosos. Muitos católicos também não costumam ver com bons olhos a participação dos seus líderes religiosos na política, pois a considera um ambiente impróprio para as pessoas moralmente corretas. No entanto, tal pensamento advindo das más experiências, ilustra uma deturpação sobre a nobre e real função da política em