cristianismo
Séculos da era cristã: análise dialéticohistórica
A obra trata da relação entre Cristianismo e Filosofia de modo a entender a religião cristã como uma verdadeira filosofia. Para isto, retoma os três primeiros séculos da gestação do cristianismo onde se encontram quatro principais pensadores cristãos, sendo eles: Justino, Atenágoras, Clemente de Alexandria e Orígenes, que por suas obras vão elaborando aquilo que vai se configurar como pensamento cristão. O método de retomada histórica se faz com o auxílio da dialética hegeliana que aponta para dois critérios nos quais o cristianismo deve ser considerado como uma filosofia: a Ética e o Logos. Com estes dois aspectos, tem-se portanto a possibilidade de se falar em FILOSOFIA CRISTÃ.
O livro tenta mostrar a possibilidade de se pensar o Cristianismo como uma filosofia, desvelando com tal proposta, a falência da racionalidade contemporânea em sua pretensão de anular todo e qualquer elemento metafísico. Para tanto se utiliza como elemento de análise o recorte histórico da gestação do Cristianismo, isto é, os três primeiros séculos da era cristã.
Como Síntese, da relação dialética entre Tese: negação da possibilidade de uma filosofia cristã, já que, os apologistas, como Justino e Atenágoras, se pautaram de parâmetros gregos para a constituição do pensamento filosófico cristão; e Antítese: negação da negação da possibilidade de uma filosofia cristã, a partir dos pósapologistas,
Clemente e Oríg enes, com a virada epistemológica, saindo da defesa da ontologia do ser cristão para a sustentação gnosiológica da sabedoria cristã; têm-se dois pontos, a saber: o embate entre Fé e Razão e a crítica ao próprio conceito de filosofia. A afirmação de uma filosofia cristã possui intencionalmente (ou não) um elemento crítico para a contemporaneidade: o embate entre Fé e Razão. O ressurgimento dos movimentos religiosos em nossa epocalidade indica por si uma falência da