Cristaller e losch
O seguinte trabalho discorre sobre a Teoria dos Lugares Centrais desenvolvida na década de 30 por Walter Christaller que hierarquiza os lugares de acordo com uma rede de interdependência onde a centralização é uma tendência natural; posteriormente August Losch criticou e refutou tal teoria, alegando que era impossível explicar a localização de uma empresa, de uma indústria, ou de uma cidade, além disso, buscou desenvolver um modelo de equilíbrio geral do espaço, que serviria como orientação básica para o planejamento eficiente, tanto do ponto de vista privado como público.
Temos por objetivo fazer uma breve análise das duas teorias, citando os argumentos que levaram à formulação de ambas.
1. Teoria dos Lugares Centrais
A Teoria dos Lugares Centrais foi formulada por Christaller na década de 30, baseada sobre o crescimento urbano. Tal teoria defendia que as cidades cresciam a partir de sua especialização nos mais variados tipos de serviços urbanos, onde o nível da demanda por esses serviços determinava o ritmo do crescimento desses lugares centrais em relação a outros lugares.
Logo, a função da cidade é fornecer bens e serviços, tanto para si mesmos como para lugares de menor centralidade. O princípio da centralidade é o meio pelo qual é feita a organização do espaço.
1.1 Bens e Serviços Centrais
Por menor que seja a localidade, alguns bens e serviço estão sempre disponíveis, por exemplo, um pequeno comércio de alimentos, porém alguns outros tipos de bens e serviços só estarão disponíveis em outras localidades maiores, distantes geograficamente, por exemplo, shoppings.
Entretanto a distância geográfica deve ser substituída pelo termo distância econômica, uma vez que Christaller afirma que a centralização da oferta de bens e serviços não poderia ser explicada meramente por fatores geográficos, pois nem sempre o centro geográfico é o lugar central. Distância econômica abrange uma série de fatores tais como o custo de frete e