Cristais
É impossível se pensar em átomos como os constituintes básicos da matéria sem se pensar em ligações químicas. Afinal, como podemos explicar que porções tão limitadas de matéria, quanto os átomos, possam formar os corpos com que nos deparamos no mundo macroscópico do dia-a-dia.
Quando dois átomos entram em contato, o fazem a través das fronteiras das suas eletrosferas, ou seja, de suas últimas camadas. Em 1868, Kekulé e Couper, propuseram a utilização do termo valência para explicar o poder de combinação de um átomo com outros.
As ligações químicas podem ser classificadas em três categorias:
- Iônica: Metais com Não-Metais
- Covalente normal e dativa: Não-Metais com Não-Metais
- Metálica: Metais com Metais
As ligações químicas são extremamente importantes, pois essas ligações feitas pelos átomos formam as moléculas que constituem a estrutura básica de uma grande diversidade de substâncias ou compostos químicos. Na natureza, existem, aproximadamente, uma centena de elementos químicos.
O mineral, por exemplo, é classificado e denominado com base na sua composição química e estrutura cristalina dos materiais que o compõem. Em resultado dessa distinção, materiais com a mesma composição química podem constituir minerais totalmente distintos em resultado de meras diferenças estruturais na forma como os seus átomos ou moléculas se arranjam espacialmente como o grafite e o diamante.
Estrutura cristalina é o arranjo espacial de longo alcance em que se encontram os átomos ou moléculas no mineral. Na natureza existem 14 arranjos básicos tridimensionais de partículas (neste caso átomos ou moléculas, entenda-se), designados por redes de Bravais, agrupados em 7 sistemas de cristalização distintos, que permitem descrever todos os cristais até agora encontrados.
É, portanto da conjugação da composição química e da estrutura cristalina que é definido um mineral, sendo em extremo comuns substâncias que em condições geológicas distintas