crises mundiais
A crise mexicana, em 1994, pode ser explicada por: déficit em transações correntes, associada a uma sobrevalorização da moeda local; cobertura desses déficits era realizada via investimentos estrangeiros devido a uma alta taxa de juros. Quando os investidores começaram a sentir um certa desconfiança no país retiraram seus investimentos, essa desconfiança pode ser associada com a incredibilidade quanto ao país conseguir arcar com seus compromissos, essa retirada de capitais de investidores, agrava o defícit em transações correntes que antes era coberto via capital estrangeiro. As medidas adotadas como desvalorização da moeda; congelamento de preços e de salários não adiantou. No final de 1994 houve uma queda acentuada das reservas e a solução encontrada para amenizar a crise foi aumentar as taxas de juros, mesmo assim os investidores continuaram desconfiados, como soluções paralelas o país optou por vender dólares e conseguiu um crédito que foi concedido pelos EUA devido ao NAFTA.
A crise da Argentina, em 1995, pode ser associada a um déficit persistente nas transações correntes por quatro anos. Esse déficit pode ser explicado pela defasagem cambial devido a algumas medidas tomadas pelo governo, dentre as quais podemos destacar: paridade 1/1; troca livre; pesos emitidos de acordo com a reserva em dólar; se sair dólares do país deve ser recolhido o montante equivalente em pesos. Essas medidas associadas a crise do México abalou a economia Argentina que persistiu na sua política cambial, as medidas tomadas pelo governo como a venda de dólares e aumento das taxas de juros foram insuficientes para evitar a crise.
No caso do Brasil a crise do México ficou conhecida como “Efeito Tequila”, houve uma intensa fuga de capitais gerando uma queda considerável nas bolsas, mas o país conseguiu amenizar os efeitos da crise utilizando as suas reservas. Já a crise Argentina além de provocar fuga de investidores provocou o enfraquecimento