Crise

A Equoterapia está conquistando o seu espaço no Brasil de forma marcante e decisiva. Definida como método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiências e/ou com ne-cessidades especiais. Ela vem ganhando adeptos em todo o território nacional. Os seus benefícios estão sendo vivenciados por inúmeras pessoas e os resultados sendo observa-dos, registrados e pesquisados por profissionais de diversas áreas de atuação. Os estudos e as pesquisas a respeito da Equoterapia no Brasil ainda se encon-tram incipientes, porém promissores. Os profissionais estão sentindo necessidade de uma busca constante de aprimoramento técnico-científico nessa área. Cada qual dentro de sua especificidade procura contribuir com fundamentação teórico-metodológica e com experiências práticas conscientes. A interdisciplinaridade é o ponto de honra da Equoterapia. A diversidade que ela produz na prática equoterápica é enriquecedora e desafiadora. A partir dessa consta-tação é lançado o seguinte questionamento: Quais são as contribuições da Educação Física na Equoterapia? Esse é um questionamento complexo, que para respondê-lo é preciso, primei-ramente, de uma reflexão profunda sobre Educação Física: concepção e importância social. Todo e qualquer ponto de vista é baseado numa concepção de homem, de mundo e de sociedade. É fundamental identificar e analisar criticamente essas concepções. O professor de Educação Física que atua na Equoterapia e, em todas as outras á-reas, precisa conscientizar-se de sua atuação profissional. Ele deve estabelecer objetivos e compromissos a partir da identificação de suas concepções. Quais são as concepções que vislumbram o engajamento da Educação Física e da Equoterapia ? Elas serão analisadas no decorrer do texto, considerando como ponto de partida a compreensão da Educação Física