O Brasil passa por um momento difícil em se tratando de abastecimento de água e energia para algumas regiões de seu território. A falta de planejamento, a seca prolongada e alguns hábitos brasileiros são os principais responsáveis por esta crise. Para se ter uma idéia da dimensão do problema, a maior cidade brasileira, São Paulo, impôs racionamento e multa para àqueles que gastassem demais, e chegou ao ponto de retirar água do volume morto de seu principal reservatório, o Cantareira. No entanto, esta crise é paradoxal, como pode o país com maior disponibilidade hídrica do mundo passar por uma crise tão severa? A resposta está nos maus hábitos da população e na falta de planejamento e políticas governamentais que visem o abastecimento sustentável e de qualidade. Apesar de o Brasil ter a grande disponibilidade hídrica citada neste texto, a distribuição deste recurso não é homogênea ao longo do território, existem áreas como a Amazônia e localidades ao norte do país onde a água esta disponível em enorme quantidade, enquanto em locais como no sertão nordestino e até mesmo na região metropolitana do estado de São Paulo, este recurso se encontra escasso. Visando o abastecimento de água para todo o território, o governo deveria ter estudado e planejado formas de realizar transposições de rios, incentivado o uso consciente e penalizado companhias de distribuição que mantém tubulações antigas e sucateadas, que causam grande quantidade de perdas. Dados como o da Folha de São paulo, revelam que o disperdício de água tratada chega a quase 20% nos canos. Além disso, não raro vemos pessoas "varrendo" suas calçadas com água em detrimento do uso de uma vassoura; é comum que os responsáveis pela limpeza doméstica lavem toda a casa semanalmente; é frequente também vermos pessoas jogando água fora simplesmente pois esta não está na temperatura desejada para o consumo. Hábitos como estes, revelam a total displicência do brasileiro