Crise na Africa

O continente africano continua infelizmente marcado por conflitos armados, que estão a exigir uma vez mais a intervenção da comunidade internacional, que se tem desdobrado em acções destinadas a evitar catástrofes humanitárias. Entrámos em 2014 com populações africanas a enfrentarem as consequências nefastas de conflitos armados, nomeadamente na República Centro Africana e no Sudão do Sul. Na República Centro Africana uma mulher disse à imprensa que nunca tinha visto “uma violência tão cruel.”
A situação na República Centro Africana é grave, tendo a última avaliação das Nações Unidas sobre o conflito nesse país indicado que 2,2 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária e 233 mil procuram refúgio em países vizinhos.
Se se tiver em conta que 2,2 milhões de pessoas constituem quase metade da população da Republica Centro Africana, pode-se ter uma ideia da dimensão dos efeitos do conflito neste país.
Segundo a ONU, é necessário reunir urgentemente cerca de cento e cinquenta milhões de dólares para acudir a necessidades prioritárias, alojar deslocados em Bangui, a capital, e em nove distritos, e garantir a protecção de 1,2 milhões de centro africanos nos próximos três meses.
Cerca de três anos depois de muitos países africanos terem comemorado 50 anos de independência, as armas teimam em não se calar num continente em que a instabilidade não pára de criar situações que só fazem agravar os problemas de uma África que precisa de paz permanente para a construção das bases do seu crescimento e desenvolvimento. Sem paz permanente, o continente continua a conhecer desgraças enormes, fragilizando-se constantemente as suas instituições que ficam paralisadas pela onda de violência generalizada que afecta muitos milhares de pessoas, que perdem os bens, nomeadamente as suas casas, desestruturando-se famílias, com reflexos negativos na sociedade.
Perante os conflitos armados que se criam aqui e ali e que destabilizam vastas regiões de África, é justo