Crise Financeita 2008

623 palavras 3 páginas
A crise financeira e seus desdobramentos

A crise financeira de 2008 foi desencadeada pela engenhosidade de instituições financeiras que venderam ativos no mercado, cujos lastros eram os pagamentos das hipotecas. Quando a bolha imobiliária chegou ao seu limite e os preços das residências começaram a se depreciar, as famílias não tiveram alternativa senão entregar seus imóveis aos bancos. Como conseqüência, bilhões de dólares foram perdidos por bancos de todo o mundo em decorrência do calote financeiro.

Em um contexto dramático, caracterizado por famílias endividadas, trabalhadores desempregados, grandes empresas à beira da falência e pânico, as bolsas de valores derreteram em todo o mundo como reflexo de projeções sombrias quanto à economia global. O que movia os preços dos ativos, naquele momento, eram expectativas de ações governamentais firmes que contivessem o desespero dos investidores – algo altamente danoso para o setor produtivo e, por conseguinte, para os trabalhadores.

O governo norte-americano não tardou em lançar planos de socorro aos bancos, à indústria automobilística, ao setor imobiliário, sob o olhar desconfiado daqueles que foram os maiores prejudicados: os contribuintes. Em um salto extraordinário, os índices acionários recuperaram – alguns, inclusive, superaram – os patamares anteriores à crise financeira. A economia real ainda estava trôpega, mas os investidores ao redor do mundo não hesitaram em esticar os preços das ações negociadas em bolsa.

Quando tudo parecia mais calmo, a tal crise das dívidas soberanas acomete a Europa. Também algo promovido pela irresponsabilidade, sendo que desta vez os erros foram cometidos pelos governos, que sustentaram inúmeros benefícios para funcionários públicos por longos períodos de tempo. Enquanto as economias de diversos países europeus apresentavam condições favoráveis, a gastança era sustentada, em parte, pelo comércio exterior que assegurava a entrada de divisas. Em seguida a 2008, essa fonte de

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