Crise EUA 2008
Nome: Romulo Joaquim de Sá
Medo. Tensão. Desespero. Pânico. Na Rússia, o índice Micex ativou o circuit breaker - dispositivo que interrompe as negociações na bolsa - após queda de 17,45%. No Brasil, o Ibovespa está diante do menor nível desde agosto do ano passado. No ano, estamos com desvalorização de pouco mais de 25%. No mês, queda de cerca de 14%. Você perdeu muito dinheiro com os problemas recentes do mercado financeiro? Quais as suas estratégias para enfrentar crises como a que vivemos agora? De quem é a culpa?
O Lehman Brothers, quarto maior banco de investimentos dos EUA, pediu concordata ontem. O banco dos irmãos Lehman quebrou. Fotos de funcionários deixando a sede do banco com seus pertences em caixas e mochilas pipocam em jornais pelo mundo todo. O pedido de concordata do banco, com ativos que somam US$ 639 bilhões é o maior já registrado desde 1980, segundo noticiou a Bloomberg. O banco errou em sua estratégia de alocação de recursos? Exagerou na concessão de crédito?
Enquanto isso, o Merrill Lynch, terceiro maior banco de investimentos dos EUA, teve suas ações negociadas com o Bank of America a US$ 29,00 por papel, valor 70% mais alto que o preço de fechamento do dia 12 de setembro. Mais erros? A AIG (American International Group), terceira maior seguradora do mundo (a número um nos EUA), também quase sucumbiu. Pois é, a crise é feia e disso não há dúvida.
A crise da culpa
Aproveito a oportunidade para convidá-lo para uma reflexão: será que as crises, especialmente aquelas próprias de cada um de nós, não são fruto de nossos próprios atos e erros? A resposta óbvia é “sim, claro!”, mas explicá-la não é tão simples assim. As razões que anteciparam a crise internacional não são facilmente digeridas pela grande maioria da população, o que torna muito mais fácil o desespero pelo “depois” que o planejamento para o “sempre”.
O pânico geral já chegou por aqui. O sentimento de desespero tomou conta do Dinheirama. Desde domingo,