Crise economica
O analista também estima que o PIB brasileiro vai crescer menos de 2% neste ano. Avalia que a expansão dos negócios no País se dará, cada vez mais, em cidades médias do interior.
Entende que a China vai contribuir para a crise, na medida em que sua economia perde dinamismo em relação ao que conseguia demonstrar até 2011. E recomendou aperto de cintos para 450 empresários em palestra feita no Hotel Bourbon, em Joinville, na terça-feira.
Ricardo Amorim é presidente da Ricam Consultoria, prestadora de serviços na área de negócios e economia global. Assessora clientes e antevê tendências globais e brasileiras, por setores.
Economista formado pela Universidade de São Paulo (USP), é pós-graduado em administração e finanças internacionais pela Essec de Paris. Atuando no mercado financeiro desde 1992, trabalhou em Nova York, Paris e São Paulo como economista e estrategista de investimentos. Também é debatedor no programa Manhattan Connection, na Globo News.
CRESCIMENTO DECEPCIONA
— O crescimento econômico no Brasil decepciona há três anos. Era fácil de prever, depois de termos surfado na onda positiva do período 2004-2010. Ao longo destes anos, o País agregou 18,5 milhões de pessoas ao mercado de trabalho. Agora, convive com dilemas de falta de infraestrutura e de mão de obra. Não há mais 18 milhões de trabalhadores a entrar no mercado profissional.
EXPANSÃO
— O Brasil cresce nas cidades médias do interior. O interior já gera o dobro de empregos do que nas capitais. No Centro-oeste, por causa do agronegócio; no Norte, por causa da mineração; e no Nordeste, via recursos do Bolsa-família.
DESCOMPASSO
— Um dado significativo do descompasso de nossa economia é que as vendas no varejo crescem mais do que a produção industrial brasileira há uns dez anos. Isso é ruim para a indústria.
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