Formaçao politica do nordeste
Para se aprofundar no conhecimento sobre a região Nordeste é necessária uma releitura da história no período colonial, em que a divisão territorial, fundamentalmente era feita mediante as capitanias hereditárias, que depois se chamaram capitanias sendo divisões administrativas comandadas por nomeados da Coroa Portuguesa que concediam as sesmarias para a colonização, onde os moradores da colônia de origem europeia se configuravam como elementos de ocupação territorial e extrativista que visava os interessem de Portugal, com início na economia açucareira, tendo na agricultura o centro da economia em que se consolidou a ocupação e exploração do território brasileiro.
A formação da região nordeste está diretamente ligada à história da colonização do Brasil. De início deve ressaltar-se a não delimitação regional do Brasil, o que só acontecerá a partir de um determinado momento na formação histórica brasileira, não existindo, portanto nesse período a ideia de uma região como geograficamente é dividida hoje. Essa ocupação deu-se, portanto a partir de interesses mercantis de Portugal em incrementar o comércio europeu com produtos tropicais. De início deu-se a exploração do pau-brasil, uma madeira abundante na região e muito valorizada no mercado europeu. Anos depois houve certa decadência no ciclo do pau-brasil, tornando necessário, portanto uma ocupação mais efetiva da região para desenvolvimento de outras atividades. Desenvolvia-se então a plantação da cana-de açúcar, a qual fez necessária a destruição quase total da anterior cobertura vegetal, a chamada Mata Atlântica. Essa atividade teve como base a exploração intensiva da terra com um regime monocultor, em conjunto com a implantação dos engenhos. Sobre isso, Prado Júnior (1976) destaca:
“Além disso, e, sobretudo por isso, há um fator material que determina este tipo de propriedade fundiária. A cultura da cana somente se prestava, economicamente, a grandes plantações. [...] a