Crise economica
Flexibilidade no Trabalho
Os casos da Alemanha e do Brasil
Werner Eichhorst e Paul Marx
Instituto de Estudos do Trabalho de Bonn
José Pastore
Universidade de São Paulo
Bonn – São Paulo
Novembro de 2011
Crises Econômicas e
Flexibilidade no Trabalho
Os casos da Alemanha e do Brasil
Werner Eichhorst e Paul Marx
Instituto de Estudos do Trabalho de Bonn
José Pastore
Universidade de São Paulo
Bonn – São Paulo
Novembro de 2011
Agradecimentos
Para a realização deste estudo, os autores agradecem o apoio do Bradesco, da Confederação Nacional da
Indústria, da Mercedes Benz do Brasil, da Fecomercio de São Paulo e do Sindipeças (Sindicato Nacional da
Indústria de Componentes para Veículos Automotores).
As idéias expressas neste trabalho são de responsabilidade exclusiva dos autores. Este trabalho foi escrito originalmente em inglês. Esta é uma versão livre.
Resumo
A
flexibilização das relações do trabalho é um tema altamente controvertido. Os que são a favor defendem que tal processo é necessário para se promover os ajustes requeridos por uma economia volátil e cada vez mais diversificada como é a dos dias atuais.
Os que são contra consideram a flexibilização como mero subterfúgio para reduzir os direitos e precarizar a vida dos trabalhadores.
Este estudo focaliza o papel desempenhado por regras flexíveis no mercado de trabalho da
Alemanha e do Brasil.
Alemanha e Brasil são países bastante diferentes no campo das relações de trabalho, além dos enormes contrastes de educação, renda e bem-estar social. Na Alemanha quase tudo é acertado por negociação coletiva. No Brasil quase tudo depende de lei.
Apesar disso, os dois países têm apresentado um resultado bastante satisfatório nos anos recentes, tanto em termos de geração de empregos como de contenção do desemprego.
O que explica resultados semelhantes em países tão diferentes? Para responder a essa pergunta, uma atenção especial foi dada ao