Crise economica
Em 2008 o mundo capitalista conheceu uma séria crise financeira e econômica. Iniciada nos estados Unidos, em 2007, a crise foi analisada por analistas econômicos como de maior gravidade desde a intensificação do processo de globalização a partir dos anos 1970.
As causas da crise estavam relacionadas à expressiva expansão dos financiamentos para a compra de imóveis nos Estados Unidos, em razão dos juros baixos que o governo vinha mantendo desde o inicio do século. A forte valorização no preço dos imóveis estimulou os que tomavam financiamentos (mutuários) a refinanciar suas dividas, recebendo uma diferença em dinheiro, em geral utilizada para consumir bens, enquanto o nível de poupança caía acentuadamente. Diversos bancos criaram títulos que tinham como garantia os financiamentos para compra de imóveis (títulos garantidos com hipotecas). Investidores que adquiriram esses títulos emitiam por sua vez outros títulos que tinham como garantia os primeiros. Isso se espalhou por todo o sistema financeiro.
Com o consumo em alta, a inflação aumentou. Para frear esse aumento, o governo norte- americano aumentou os juros, elevando as mensalidades dos imóveis. Assim, centenas de milhares de proprietários deixaram de pagar os financiamentos, os preços dos imóveis despencaram e os títulos se desvalorizaram acentuadamente.
Em decorrência, houve quebra de bancos, cortes de empregos, desvalorização de empresas e redução da oferta de crédito, afetando toda cadeia de consumo – com menos financiamentos para compra de bens, muitos consumidores ficaram sem recursos para a compra de mercadorias. Com a redução das vendas, muitas empresas ficaram com capacidade de produção ociosa e passaram a demitir; outras demitiam com o pretexto de se preparar para a crise. Com as demissões, houve perda de renda dos assalariados e diminuição do consumo. Nessa situação, os que estão empregados preferem poupar, e com isso a crise se intensifica.
Em razão da forte integração entre as