crise de 29

A Crise de 1929
Após a Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos se transformaram no dínamo do capitalismo mundial, mais do que isso, os EUA produziam mais de um terço da produção industrial mundial e, em 1929, passaram a mais de 42% da produção. O boom econômico, entretanto, apresentava contradições que se aguçavam levando a crise para o resto do mundo. Embora fizesse parte do processo cíclico de evolução do capitalismo, a crise de 29 foi diferente das que a antecederam (1873, 1895, 1920-1921), pelas profundas alterações que provocou e pelas proporções mundiais que assumiu: falências, desemprego, reformulação políticas que mudaram a face do mundo.
Os Antecedentes da Crise:
Depois de Woodrow Wilson, do Partido Democrata, todos os presidentes norte-americanos seguintes até 1932, foram todos do Partido Republicano, ou seja, fiéis defensores do isolacionismo e do liberalismo econômico. O predomínio da postura isolacionista entre os republicanos amparava-se na Doutrina Monroe, “A América para os americanos”, assim, buscando abdicar de um engajamento total nos assuntos internacionais, os EUA não ratificaram o tratado de Versalhes e decidiram não participar da Liga das Nações.
Obedecendo ao binômio do Partido Republicano – isolacionismo e liberalismo –, os presidentes americanos de 1920 a 1932 assistiram impassíveis a uma evolução econômica em direção ao caos. Para eles, os problemas econômicos seriam superados naturalmente, não cabendo ao Estado interferir na ordem econômica. Entretanto, a desigualdade na distribuição de renda acentuou-se, pois, para a maioria da população o salário continuou estável, impossibilitando um aumento de consumo e incompatibilizando-se com o crescimento da produtividade, apenas uma elite correspondente a 5% da população detinha um terço da renda pessoal do país. Assim, a produção do país não conseguia ser toda ela consumida internamente, o que resultou numa grande estocagem de mercadorias.
Ao mesmo tempo, a intensa atividade